Em um enredo totalmente envolvente, o novo filme da série As Crônicas de Nárnia realmente me surpreendeu. Já não bastasse a perfeição com que C.S. Lewis conduz a narrativa nos livros, a adaptação para o cinema me ajudou a materializar as imagens e personagens, antes disformes e um pouco desajustadas em minha mente. Pode parecer excessivamente óbvio e até tendencioso, mas A viagem do peregrino da alvorada merece um pouco de atenção.
A narrativa, como sempre, baseia-se na relação de dependência entre os irmãos Pevensie e Aslam, o Leão, uma vez que não há um caminho ou situação sequer que não seja previamente planejado por este. A imponência do Grande Leão é indescritível, de causar arrepios e suspiros. Um contraste entre o alento e o temor.
Qualquer semelhança com uma história contada há milhares de anos, não é mera coincidência. O próprio Aslam recomenda que o conheçam por outro nome em nosso mundo. O Leão que morreu e ressucitou, que protegeu e protege, também prometeu um lugar junto à ele no fim de todas as coisas. Já posso ouvir o rugido, o Leão está próximo.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Então é Natal
É dia de Natal, nossos corpos ainda digerem os quitutes da ceia natalina. Imagino agora comerciantes e empresários se abraçando com fervor, louvando as boas vendas. Em contraponto, imagino também pais e mães bailando descompassados ao som das novas dívidas.
Esse é o Natal moderno, colorido. É o Natal que alegra. Alegra os donos de lojas de departamento, lojas de roupas, lojas de presentes. Li outro dia que o espírito natalino é pura hipocrisia. Nenhuma mentira. Ontem ao sair pela manhã, senti como se tivesse numa espécie de "The Walking Dead natalina". Zumbis esbaforidos e enfurecidos, lutando instintivamente - irracionalmente soa um pouco desagradável - pelos poucos "cérebros" nas vitrines.
Esse é o Natal moderno, colorido. É o Natal que alegra. Alegra os donos de lojas de departamento, lojas de roupas, lojas de presentes. Li outro dia que o espírito natalino é pura hipocrisia. Nenhuma mentira. Ontem ao sair pela manhã, senti como se tivesse numa espécie de "The Walking Dead natalina". Zumbis esbaforidos e enfurecidos, lutando instintivamente - irracionalmente soa um pouco desagradável - pelos poucos "cérebros" nas vitrines.
O Natal que deveria encher-nos de júbilo e esperança, acaba por marginalizar sua verdadeira essência às custas de tamanho consumismo. Esquecemos que o verbo se fez carne, e habitou entre nós (João 1:14). É tempo de celebrar, aquele que a tudo e a todos fez, veio até nós pra que pudéssemos viver plenamente nele.
Se é tempo de celebrar, celebremos corretamente! Se o Natal é esperança, por que não anunciá-la? Esse é o presente! Presentear fazendo sua vida valer à pena, fazendo a vida dos outros valer à pena. Não só hoje, mas sempre. Vemos então quão pertinente é a pergunta da Simone: Então é Natal, e o que você fez?
Se é tempo de celebrar, celebremos corretamente! Se o Natal é esperança, por que não anunciá-la? Esse é o presente! Presentear fazendo sua vida valer à pena, fazendo a vida dos outros valer à pena. Não só hoje, mas sempre. Vemos então quão pertinente é a pergunta da Simone: Então é Natal, e o que você fez?
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
#música: DAS COISAS BOAS DA VIDA - Carol Gualberto
Sol na janela, pé descalço e uma canção
Que fale do que guardo aqui no coração
Das coisas boas da vida
Das minhas preferidas
De tudo que faz bem à emoção
Fim de tarde, brisa leve, um ipê em flor
Uma poesia prá um grande amor
Família reunida, dança com as amigas
Um sorriso, sei quem é meu Criador
De comer, mel, mostarda, manjericão
De sentir, o arrepio de uma paixão
De olhar, borboleta azul e o amor
Um bom livro, um banquinho e um violão
Ter amigos mais chegados que irmãos
Porta sempre aberta, se arrumar pra festa
Ter alguém pra dar a sua mão
Disso é feita a vida
De coisas bonitas
De tudo que faz bem ao coração.
sábado, 20 de novembro de 2010
Sono
Essa sonolência dificulta a expressão das palavras com clareza.
As falas ficam óbvias,
até incoerentes.
A cada duas frases
uma é apagada por não fazer o menor sentido.
Ainda assim, tais obstáculos não são o bastante para frear essa vontade de escrever.
Cada letra é uma sensação,
um cheiro de dom,
um som de tentativa.
E é na tentativa de não cair debruçado sobre as teclas é que se escreve.
Se escreve sobre si, sobre o mundo, intercalando a si com o mundo.
É sono.
As palavras já saem preguiçosas,
escorridas,
bocejantes.
amanheceu,
peguei a viola
botei na sacola
e fui viajar
sou cantador e tudo nesse mundo
vale prá que eu cante e possa praticar
a minha arte sapateia as cordas
e esse povo gosta de me ouvir cantar (. . .)
botei na sacola
e fui viajar
sou cantador e tudo nesse mundo
vale prá que eu cante e possa praticar
a minha arte sapateia as cordas
e esse povo gosta de me ouvir cantar (. . .)
Menina de areia
Ô menina,
já te falei!
você não é só um grãozinho de areia
em meio a ventania da minha vida.
Ô menina,
já te falei!
é a tua voz macia que aplaca as dores
e espalha cores vivas pelo ar.
é da tua boca que saem cachoeiras,
sete lagoas mel e brincadeiras,
espumas, águas, ondas do teu mar.
Ô menina,
já te falei!
você não é só um grãozinho de areia
em meio a ventania da minha vida!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
#música: O RITMO DA CHUVA - Peninha
Olho para a chuva
que não quer cessar
nela vejo o meu amor
esta chuva ingrata
que não vai parar
pra aliviar a minha dor
Eu sei que o meu amor
pra muito longe foi
numa chuva que caiu
oh, gente
por favor pra ela vá contar
meu coração se partiu
Chuva traga o meu benzinho
pois preciso de carinho
diga a ela
pra não me deixar
triste assim
O ritmo dos pingos
ao cair no chão
só me deixa relembrar
tomara que eu não fique
à esperar em vão
por ela que me faz chorar
oh, chuva traga o meu amor
chove, chuva traga o meu amor
Oh, chuva traga o meu amor
chove, chuva traga o meu amor . . .
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Dá uma vontade!
Dá uma vontade de não ver
fechar os olhos!
pensar no sonho
esperar que alguém venha me dizer que não
que não é sonho,
alguém?
Opa!
quem fez o sonho já veio:
"não! não é sonho!
eu o fiz realidade pra você
pra transparecer,
meu eu em você."
e num cochicho
quem fez o sonho,
fez meu riso
de orelha a orelha.
nem é sonho,
já dá vontade de ver!
fechar os olhos!
pensar no sonho
esperar que alguém venha me dizer que não
que não é sonho,
alguém?
Opa!
quem fez o sonho já veio:
"não! não é sonho!
eu o fiz realidade pra você
pra transparecer,
meu eu em você."
e num cochicho
quem fez o sonho,
fez meu riso
de orelha a orelha.
nem é sonho,
já dá vontade de ver!
domingo, 31 de outubro de 2010
A última batalha
Em meio aos ataques, pelejas, facadas
batalhas perdidas.
mesmo em guerras já ganhas,
dá um frio na barriga, chega a doer.
fadiga.
respirar já é pesado.
Um tempo, dois tempos
e metade de um tempo,
já passaram!
Espero agora,
quando estiver consumado,
totalmente.
o sangue já foi derramado,
da gramática,
só falta a volta do verbo.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Me deixa ir
Me deixa ir lá fora
deixa!
a terra lá emana leite e mel
Já deixei a mochila
lá atrás da porta.
Fica, fica
com ela!
não preciso mais
dela!
do peso,
não sinto mais as dores
das dores
não sinto mais a culpa.
Vambora!
Tamo perdendo tempo
Vamo lá pra fora
que o dono da casa já deixou.
deixa!
a terra lá emana leite e mel
Já deixei a mochila
lá atrás da porta.
Fica, fica
com ela!
não preciso mais
dela!
do peso,
não sinto mais as dores
das dores
não sinto mais a culpa.
Vambora!
Tamo perdendo tempo
Vamo lá pra fora
que o dono da casa já deixou.
" O que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que confessa e deixa, alcançará misericórdia." Provérbios 28:13
Varre!
"Cessou o júbilo de nosso coração, converteu-se em lamentações a nossa dança" Lamentações 5:15
Parou a música
acabou a festa.
de novo,
tudo sujo!
IMUNDO!
Vale a pena deixar
de prontidão a vassoura
pras futuras sujeiras?
Seria bom se, assim ficasse
limpo
e puro.
Varrem-se o pó e o som
o sujo e o verbo
se esvai a dança.
Pro amor voltar
"Ainda que eu fale as língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine" I Coríntios 13
que amor é esse
que bate, entra,
e muda?
lá vem!
descendo de novo
limpando a sujeira
arrumando a casa.
(quanta bagunça!)
mas foi tudo embora!
lavou tudo!
limpou tudo!
tá tudo pronto
pro amor voltar!
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