Essa sonolência dificulta a expressão das palavras com clareza.
As falas ficam óbvias,
até incoerentes.
A cada duas frases
uma é apagada por não fazer o menor sentido.
Ainda assim, tais obstáculos não são o bastante para frear essa vontade de escrever.
Cada letra é uma sensação,
um cheiro de dom,
um som de tentativa.
E é na tentativa de não cair debruçado sobre as teclas é que se escreve.
Se escreve sobre si, sobre o mundo, intercalando a si com o mundo.
É sono.
As palavras já saem preguiçosas,
escorridas,
bocejantes.
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