Caro(a) amigo(a) que se diz cristã(o),
Se o cristianismo pra você se resume a frases feitas, prosperidade e meditações espiritualistas ou não tem (ou perdeu) a relevância nos seus conflitos e questões cotidianas, e por isso você precisa encontrar respostas em outras cosmovisões, tais como feminismo e marxismo, uma coisa é verdade: você já deixou de ser cristão. Um legítimo marxismo cristão (ou cristianismo marxista) ou feminismo cristão (ou cristianismo feminista) é tão plausível quanto um ateísmo cristão (ou um cristianismo ateísta). Brincadeiras com os ismos à parte, seu "cristianismo" é raso, frágil... Você se diz cristão mas sua fé não toca a realidade!
A dicotomia entre a sua suposta liberdade (moral, religiosa, afetiva) e as prisões da sua natureza determinista te desnorteia, e não há utópica dialética que misture essa água e esse óleo. Aí vem você e dá um salto existencial no culto de domingo no qual você percebe um pouco de sentido à sua vida. "O coração humano é uma fábrica de ídolos. Cada um de nós é, desde o ventre materno, experto em criar ídolos", já dizia Calvino e você, desta forma, criou o seu! Você o moldou conforme suas inclinações, medos e anseios e agora presta a ele obediência. O ídolo é seu guia e você não depende mais do Deus invisível. Seja seu ídolo os seus desejos, as pessoas que você ama, o capital, sua filosofia, as forças sociais, a teologia, a luta de classes, ou qualquer outro que seja, ele é sempre uma negação da revelação de Cristo.
Faço, então, dois pedidos para você.
Somos seres essencialmente religiosos, não há como negar. Se você entende a impossibilidade de consonância entre seu ídolo e sua fé, é um bom sinal. Ore a Deus pedindo sua direção e abrace o sola scriptura (somente a escritura) como único princípio norteador da sua cosmovisão; única regra de fé e prática.
Se você ainda assim se recusa a entender que o cristianismo não é e jamais será dialético, e que é impossível misturar suas convicções ideológicas sectaristas com a sua fé cristã, é melhor que você siga sua vida sem se dizer cristão. Seja honesto(a) consigo mesmo(a) e não continue envergonhando o evangelho da cruz. Assuma as suas convicções secularistas, tente viver segundo sua própria cosmovisão. Talvez - e só talvez - seja menos doloroso, ainda que seja, certamente, um prejuízo inimaginável.
No desejo que você se encontre, uma hora ou outra, em meu primeiro pedido.
Faço, então, dois pedidos para você.
Somos seres essencialmente religiosos, não há como negar. Se você entende a impossibilidade de consonância entre seu ídolo e sua fé, é um bom sinal. Ore a Deus pedindo sua direção e abrace o sola scriptura (somente a escritura) como único princípio norteador da sua cosmovisão; única regra de fé e prática.
Se você ainda assim se recusa a entender que o cristianismo não é e jamais será dialético, e que é impossível misturar suas convicções ideológicas sectaristas com a sua fé cristã, é melhor que você siga sua vida sem se dizer cristão. Seja honesto(a) consigo mesmo(a) e não continue envergonhando o evangelho da cruz. Assuma as suas convicções secularistas, tente viver segundo sua própria cosmovisão. Talvez - e só talvez - seja menos doloroso, ainda que seja, certamente, um prejuízo inimaginável.
No desejo que você se encontre, uma hora ou outra, em meu primeiro pedido.
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