O rosto cansado e apreensivo da senhora acima remontam suas lágrimas já secas. A dona de casa Ilair Pereira de Souza, 53 anos, foi salva na enchente do Rio Preto, região serrana do Rio, por uma corda arremessada de cima de um prédio para o local de onde ela clamava por socorro.
A imagem do salvamento é impressionante, desafiando os crentes no destino. Vejo uma clara ação sobre-humana em cada detalhe: na corda com mais de dez metros, no nó perfeitamente apertado, na atitude dos salvadores, etc.
Casas destruídas, cidades devastadas, quase 700 mortos - até agora - além de famílias esfaceladas pela perdas.
Qualquer um com sangue nas veias sensibilizou-se com tão catastrófico evento. Poxa, confesso que não aguentei sem chorar. Corpos dentro de caminhões frigoríficos, abrigos superlotados, mortos sendo velados em mesas de sinuca. Enquanto nós, abrigados e aquecidos, murmuramos pela comida requentada, milhares de pessoas comem pão mofado e bebem água de enxurrada.
Mas uma nova esperança arde em mim ao ver cenas como as de dona Ilair e da foto abaixo:
O bebê Nicolas, salvo depois de 15 horas nos escombros, retoma a atenção para as vidas que ainda precisam de ajuda. Pessoas ainda podem estar vivas debaixo de destroços. Pessoas que serão e escreverão o futuro, que se lembrarão com pesar e tristeza dos acontecimentos de janeiro de 2011.
É sofrível tudo o que aconteceu, com certeza, porém devemos lembrar que nem tudo está perdido. Ainda há esperança, e por ela foram salvos dona Ilair, o bebê Nicolas e vários outros que ficarão no anonimato, mas preservarão consigo sua nova chance de viver.
É sofrível tudo o que aconteceu, com certeza, porém devemos lembrar que nem tudo está perdido. Ainda há esperança, e por ela foram salvos dona Ilair, o bebê Nicolas e vários outros que ficarão no anonimato, mas preservarão consigo sua nova chance de viver.
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