Eu conhecia apenas a poetisa: a Cecília da feminilidade em sua essência, dos versos construídos de graça e beleza, da infância doce e eterna da vida.
Ganhei, então, de presente uma compilação de crônicas para jovens, editada por Antonieta Cunha e publicada pela Editora Global.
Ganhei, então, de presente uma compilação de crônicas para jovens, editada por Antonieta Cunha e publicada pela Editora Global.
Li, reli e me senti velho diante da jovialidade da cronista Cecília Meireles.
Era muita riqueza de simplicidade, de louvor à natureza e à sabedoria popular.
Precisava registrar minhas impressões para que não fugissem no emaranhado dos dias.
Farei, pois, durante 20 postagens acerca de 20 crônicas, uma apropriação (como gostam os linguistas) honrosa das palavras de Cecília ao meu maltrapilho discurso.
Era muita riqueza de simplicidade, de louvor à natureza e à sabedoria popular.
Precisava registrar minhas impressões para que não fugissem no emaranhado dos dias.
Farei, pois, durante 20 postagens acerca de 20 crônicas, uma apropriação (como gostam os linguistas) honrosa das palavras de Cecília ao meu maltrapilho discurso.
Finalizo essas minhas enunciações com a poetisa (meta)discursando poesia:
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.
Venho de longe e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes
andaram.
Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.
Pois aqui estou, cantando.
Se eu nem sei onde estou,
como posso esperar que algum ouvido me escute?
Ah! Se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que venha alguém gostar de mim?