sábado, 25 de dezembro de 2010

Aslam: ouça o rugido.

Em um enredo totalmente envolvente, o novo filme da série As Crônicas de Nárnia realmente me surpreendeu. Já não bastasse a perfeição com que C.S. Lewis conduz a narrativa nos livros, a adaptação para o cinema me ajudou a materializar as imagens e personagens, antes disformes e um pouco desajustadas em minha mente. Pode parecer excessivamente óbvio e até tendencioso, mas A viagem do peregrino da alvorada merece um pouco de atenção. 
A  narrativa, como sempre, baseia-se na relação de dependência entre os irmãos Pevensie e  Aslam, o Leão, uma vez que não há um caminho ou situação sequer que não seja previamente planejado por este. A imponência do Grande Leão é indescritível, de causar arrepios e suspiros. Um contraste entre o alento e o temor.
Qualquer semelhança com uma história contada há milhares de anos, não é mera coincidência. O próprio Aslam recomenda que o conheçam por outro nome em nosso mundo. O Leão que morreu e ressucitou, que protegeu e protege, também prometeu um lugar junto à ele no fim de todas as coisas. Já posso ouvir o rugido, o Leão está próximo.

     

Somente DEUS

Então é Natal



É dia de Natal, nossos corpos ainda digerem os quitutes da ceia natalina. Imagino agora comerciantes e empresários se abraçando com fervor, louvando as boas vendas. Em contraponto, imagino também pais e mães bailando descompassados ao som das novas dívidas. 
Esse é o Natal moderno, colorido. É o Natal que alegra. Alegra os donos de lojas de departamento, lojas de roupas, lojas de presentes. Li outro dia que o espírito natalino é pura hipocrisia. Nenhuma mentira. Ontem ao sair pela manhã, senti como se tivesse numa espécie de "The Walking Dead natalina". Zumbis esbaforidos e enfurecidos, lutando instintivamente - irracionalmente soa um pouco desagradável - pelos poucos "cérebros" nas vitrines.
O Natal que deveria encher-nos de júbilo e esperança, acaba por marginalizar sua verdadeira essência às custas de tamanho consumismo. Esquecemos que o verbo se fez carne, e habitou entre nós (João 1:14). É tempo de celebrar, aquele que a tudo e a todos fez, veio até nós pra que pudéssemos viver plenamente nele. 
Se é tempo de celebrar, celebremos corretamente! Se o Natal é esperança, por que não anunciá-la? Esse é o presente! Presentear fazendo sua vida valer à pena, fazendo a vida dos outros valer à pena. Não só hoje, mas sempre. Vemos então quão pertinente é a pergunta da Simone: Então é Natal, e o que você fez?